Cores (In)Visíveis
Na série *Cores (In)Visíveis*, a paisagem é tratada como um conceito simbólico, moldado pela interação entre o fotógrafo e a natureza. As imagens desafiam a ideia de que a fotografia captura a natureza em estado puro, evidenciando como o recorte fotográfico reflete a subjetividade do olhar e as sensações evocadas pela paisagem. Cada fotografia reduz a paisagem à sua cor primordial, explorando o papel simbólico e emocional das cores. As obras transcendem a mera descrição objetiva, estabelecendo um diálogo sensorial e conceitual entre o visível e o invisível, entre o que pode ser descrito e o que permanece indizível na experiência visual.


Carta do Planeta vermelho
Cartas do Planeta Vermelho é uma travessia visual pelo deserto do Atacama realizada em fotografia infravermelha, onde a luz invisível se torna linguagem. Ao converter espectros além da visão humana em imagem, o ensaio propõe uma reinterpretação do território como uma ficção geológica. O vermelho dominante não é apenas um artifício técnico, mas uma provocação: e se estivéssemos diante de um planeta estrangeiro? O uso do infravermelho tensiona a noção documental e aproxima o deserto da linguagem da ciência, da memória e da imaginação especulativa.
Cada imagem é tratada como uma "carta" — uma mensagem visual enviada de um mundo real, mas alterado pela percepção expandida da câmera. O projeto convida o espectador a suspender certezas, deslocar sentidos e imaginar o planeta Terra como um astro ainda por decifrar.
Força das águas
Esta série é um mergulho na força sonora e visual das Cataratas do Iguaçu — onde a água não apenas cai, mas fala. Cada imagem escuta esse canto ancestral, feito de bruma, luz e vertigem.
Um lugar onde o tempo se curva diante do movimento. Onde o invisível ganha forma líquida.


Garras e Silêncio
Ela surge sem ruído, como quem pertence a tudo — e a lugar nenhum.
A onça, símbolo de força e mistério, atravessa a floresta com a elegância dos que sabem o tempo da espera.
Nesta série, cada imagem é um instante suspenso entre o instinto e a contemplação.
Entre garras e silêncio, revelamos o invisível: a presença viva do selvagem.